sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Christchurch - Chch

A cidade mais fofa que eu ja vi até agora... de se apaixonar, organizada, limpa, cheia de historia e bonita por natureza... Assim era Christchurch... E espero sinceramente que volte a ser...
Desde que chegamos aqui em novembro do ano passado nos apaixonamos por essa cidade plana e convidativa, com um centro bem definido com traçado ortogonal cercado por quatro grandes avenidas e seus bairros perifericos, todos muito parecidos com casas de um pavimento construidas em grandes terrenos, com quintais e jardins bem cuidados e incrivelmente floridos na primavera, o que dava um charme a mais na cidade. Mais tarde descobrimos que Chch é a cidade das flores. A grande maior parte da cidade é plana, cercada por morros na regiao sudoeste. Com praias lindas de agua transparente e congelante e sempre uma ondinha boa em algum lugar para surfar. Nos apaixonamos por Sumner, um balneário pequeno com um incrível pedra furada por onde pode se passar a pé. Meu ex chefe da pizzaria o qual era presidente de um clube de long bord dizia que Christchurch é perfeita, é uma das poucas cidades que voce pode surfar pela manhã, ir fazer snowboard a tarde (tem otimos lugares para ski a 1 hora daqui no inverno) e voltar pra casa a tempo de tomar uma cerveja com os amigos. Achavamos que tinhamos encontrado o paraíso. A cidade sendo toda plana nos convidou a comprar um skate, um dos meios de transporte mais comuns por aqui... Saiamos por ai felizes caminhando quilometros a pé ou de skate porque a cidade é tao bonita que nem ligavamos em caminhar 5, 6 km ate o centro, pois o tempo passava muito rapido.
A cidade é conhecida por ser a mais inglesa das cidades da Nova Zelandia, com construções datando da metade de 1800. Muitas contruções em pedra e tijolo (coisas não comuns por aqui) e um bondinho que te leva a um passeio histórico pelo centro da cidade – chamado de CBD. Christchurch éra um graça de lugar, tem um parque gigantesco no meio da cidade, ao lado do centro, com um jardim botanico e um rio de aguas critalinas que corta a cidade toda com direito a passeio de caiaque ou para os mais folgados um passeio de canoa com o remador vestindo roupas de modelito datando do inicio do século XX.
A catedral da cidade era um monumento a parte, nao muito grande mas graciosa, ficava na Cathedral Square, a praça coração da cidade, que abriga um jogo de xadrez gigantesco que é disputadissimo para ser jogado e seus personagens tipicos que como qualquer outra cidade, principalmente sendo turística tem, um bruxo profeta, um tocador de flauta, apresentações de artistas amadores e banquinhas com lembranças, artesanato, e comidas tipicas como o fish&chips, tudo cercado por prédios históricos.. Uma graça. Toda vez que passavamos por ali tinha algo acontecendo e sempra paravamos alguns minutos para ver ou simplismente para adimirar esse lugar tão fofo. Quando decidimos nos mudar pra Auckland ficamos triste porque relamente gostavamos daqui, mas buscavamos oportunidades nas nossas áreas então fomos... Quando tive a entrevista e consegui a vaga aqui ficamos duplamente felizes, uma pelo trabalho e outra porque iriamos voltar a morar aqui, onde aos poucos iamos conhecendo os locais sempre muito receptivos e que após a tragedia do terremoto se mostraram ainda mais amigaveis.
Falando em terremoto ao contrario do que se pode pensar não é uma coisa comum aqui não, eles tiveram um grande ano passado, em 4 de setembro as 4 e meia da manhã, 7.1 na escala Richter que pegou todos de surpresa, destruiu alguns edifícios históricos e deixou vários outros interditados. Como o ritimo aqui na NZ e principalmente na ilha sul é mais devagar muitos predios ainda estavam parcialmente em pé, devidamente cercados e isolados mas esperando para uma futura demolição e alguns esperando por um reconstrução. Desde o terremoto de setembro a cidade teve alguns aftershockes (que são pequenos tremores decorrentes de um maior), inclusive relatei 2 dos grandes aqui, tiveram outro no dia 26 de dezembro mas era uma coisa que a população ja estava se acostumando, alguns mãe dinah falaram que teria outro terremoto mas era tudo especulação, ninguem provava nada. Até que chegou 21 de fevereiro, ao meio dia e cinquenta, quanto outro terremoto desta vez de 6.3 arrasou a cidade. Embora mais fraco que o primeiro este foi mais perto do centro da cidade – apenas 10km – e bem mais perto da superfície, apenas 5km de profundidade, ao contrario do primeiro que foi a 20km. Isso fez com que o chacoalhar fosse muito mais forte, mais intenso, alem de que os edificios ja estavam fragilizados pelo primeiro terremoto. Em fevereiro infelizmente tivemos vítimas fatais, ao contrario do de setembro que nao teve nenhuma, principalmente porque como foi de madrugada a maioria absoluta da população estava dormindo em casa e desta vez estava trabalhando, ou passeando pelo centro da cidade. Christchurch nunca mais será a mesma, desta vez a prefeitura tomou medidas mais drásticas e ja começou a demolição dos edificios antigos que estavam ameaçados, antes que os cricris do patrimonio histórico pudessem reclamar. Sim porque sempre tem gente para reclamar né.  Apos o de setembro o principal problema das casas foi que as chaminés cairam e como muitos dos moradores não usam mais a lareira pois tem aquecedor ninguem queria mais se preocupar com a chaminé, mas aí apareceu o patrimonio histórico, exigindo que os chaminés fossem recolocados obrigatoriamente pois eram parte da caracteristica das residencias da cidade, aí ficou a briga, e antes que tivesse algum vencedor veio a natureza para acabar com a discussão provisóriamente. Então desta vez  a prefeitura sabiamente já esta botando a baixo os edifícios antigos, como arquiteta muitos podem ficar chocados com meu apoio a prefeitura, mas convenhamos que entre manter os edificios e preservar a vida das pessoas eu fico com a segunda opção.
Enquanto esperamos nossa vez para sair da cidade ficamos pensando sempre no quanto gostavamos da cidade, no quanto imaginávamos nosso futuro aqui, no tanto de vezes que comentamos de como a cidade era legal e como nos sentiamos em casa aqui. Mas acharemos outro lugar a nossa cara, algum lugar que não mexa como um pudim, porque o pior do terremoto é que não se pode prever, não é como um furacão que voce se prepara pra ele, um vulcão que os cientistas ficam acompanhando e preveem quando vai entrar em erupção, o terremoto simplismente vem e o maximo que se pode fazer é medir ele apos o acontecido...
Vamos ficar torcendo para que a cidade se recupere da melhor maneira possível, que a população tenha uma paz desses terremotos e que possa voltar a sua vida. Falando em população essa se mostrou ainda mais amigavel e acolhedora, não passa um dia sem que venha alguem bater na nossa porta perguntar se precisamos de algo, se temos agua, se precisamos de uma carona até algum lugar, se queremos conversar,  gente que a gente nunca viu, simplismente bate aqui pra tentar confortar aqueles que assim como eles estão assustados, cansados e sem saber o que fazer. No sabado que nos mudamos fomos a uma Garage Sale a 3 casas da nossa casa, conversamos um pouco com a dona da casa que falou que tinha amigos brasileiros, ela é a mulher espalhafatosa que contei no post anterior, usa muita maquiagem, roupa sempre de perua mas é um amor, nos convidou para chás, barbecues, se ofereceu para nos dar uma carona para buscar agua, sempre que nos ve vem conversar. Nossos vizinhos de unit tambem estão sempre batendo aqui para saber como estamos, para nos explicar do lixo, nos contar o que a prefeitura esta instruindo a população para fazer, o vizinho ja convidou o Fabio para tomar umas cervejas, nos contou dos principais atrativos da cidade, nos ofereceu o carro dele para quando precisarmos fazer compras e nos ofereceu para cortar nossa grama. Hoje bateu na porta um homem com uma nenem pendurada no colo fechada dentro do casaco ja que estava chuvendo, ao perguntar de onde eramos nos contou que ja tinha morado no Brazil e falava um portugues muito bom, nos convidou para um churrasco na casa dele e para ir colher verduras que ele plantava no quintal. Ele veio nos avisar que tinha um fazendeiro parado na frente de casa com agua potável (a agua que a prefeitura distribui apesar de potável é pedido para que fervessemos), fomos lá fora encher nossos potes e o fazendeiro estava com a caminhonete parada lá, com o filho e a mulher ajudando, contaram que fizeram 300km pra trazer a agua na cidade. Depois apareceu uma garota so para checar se tinhamos agua na torneira e comida nos armários. Falando nos potes algumas partes da cidade estava desde o terremoto sem agua, na verdade 80% da cidade, e nós estavamos nessa porcentagem. Fomos contados pela vizinha espalhafatosa que tinha uma torneira a umas 5 quadras daqui que tinha agua ela se ofereceu para nos levar lá mas resolvemos ir a pé mesmo, no primeiro dia levamos os potes que tinhamos em casa, no segundo dia ao chegarmos lá vimos que uma fabrica de plástico na frente tinha aberto uma torneira improvisada na tubulação de agua deles e colocado vários containeres iguais aos de leite a disposição da população para levar a agua embora, assim cada um fazendo o que pode esta se ajudando, todo mundo se cumprimenta na rua, todo mundo quer conversar, contar sua história pessoal, saber da sua história, se oferecer para alguma coisa, assim vamos conhecendo muita gente, treinando o ingles e fazendo amizades enquanto esperamos nossa vez de pegar o voo de saida daqui... Christchurch deixará saudades, não do terremoto, mas da paz, da tranquilidade e da população daqui.
Pedra furada em Sumner

Foto da semana passada - Centro da cidade

  

Catedral

   Eu na Cathedral Square na frente do bondinho

As ruas do centro são uma graça

 Mais um pouco de Cathedral Square
 As figuras do centro da cidade
Rio que corta a cidade serve de paisagem para o almoço de quem trabalha na City

Um dos muitos prédios históricos que em breve não existirão mais... (detalhe para meu dedão na foto ;) )

Fábio brincando com os patinhos

Os suburbios residenciais - e o gato de skate

Cidade na primavera, flores para todos os gostos - e nós de skate por ai...

Passeio de canoa

 Botanic Garden
Jardim das Rosas e eu a flor mais bela de todas hahahahahahahhahahhahahahahahahaha

Mais flores

Nosso balneáreo favorito - Sumner

Não é uma graça de lugar?!
  
Escultura na Cathedral Square com danças e cantos Maori

Na rotunda funciona um restaurante

Essas esculturas são pedaços do World Trade Center de NY, um agradecimento aos bombeiros da NZ, mal sabiam eles que iriam precisar dos bombeiros dos EUA num futuro...

Essa igreja estava assim desde o terremoto de setembro, agora caiu de vez...

Essa foto é da semana passada, a prefeitura estava derrubando os prédios ameaçados...

Essa semana ia começar o Festival das Flores aqui... a cidade estava ainda mais enfeitada, na foto esculturas na Cathedral Square

Mais uma de Sumner, com os tremores muitas pedras rolaram dos morros atingindo as casas que ficavam na base ou desmoronando as de cima dos morros...

Bairros residenciais...

Atualizaçãozinha de ultima hora.. estavamos saindo de casa para vir na net quando o David, o Kiwi que ja morou no Brasil estava chegando lá em casa, com tomates e pepinos colhidos do jardim dele, nos levou até la pra mostrar a coleção de frutas e verduras que tem plantados e falou que faz questão que nós fique a vontade para colher tudo que tem lá, tambem mostrou onde ficam as bicicletas e nos convidou para um almoço com a familia dele em uma fazenda meio afastada daqui... Muito gente boa a gente vai encontrando pelo caminho... ;)
Ruas cobertas do pó da Liquefação que brotou das ruas e jardins

Rachadura no asfalto...

Nossa casa...

Igreja que ja estava ameaçada agora ainda mais em ruínas, ontem a prefeitura estava demolindo estes dois prédios...

Prefeitura disponibilizando agua para a população...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tudo se encaminhando, ou não...

Vamos pular vários capitulos porque pra variar to em atraso com o Blog.. mas era por bom motivo... Enquanto estavamos em Auckland tive o convite para uma entrevista de emprego em Christchurch, peguei o aviao pela manhã cedo e fui para e entrevista, era para subistituir uma garota que estava saindo do escritorio para cursar arquitetura na ilha norta (eles nao tem facul de arq aqui na ilha sul, e a menina tinha só o curso técnico (coisas suuuuuper comum aqui, os adolescentes ao acabarem a escola vao para cursos técnicos antes de irem para faculdade), tudo ocorreu muito bem na entrevista e no final do dia peguei o aviao de volta para Aucklando mega feliz pois tinha sido contratada para começar a trabalhar uma semana mais tarde, em tempo de empacotar tudo em Auckland e vir pra ilha sul.. assim o fizemos. Mandamos as coisas por uma empresa de mudança, pegamos uma mala cada com roupas para uma semana (tempo previsto para as coisas chegarem aqui) e pegamos um voo para Christchruch.  Logo que chegamos fomos para um backpacker, onde acabamos conhecendo muita gente no mesmo barco que a gente, a maioria europeu que tirou um ou dois ano para morar na NZ e estavam a procura de casa e trabalho... Pesquisamos muito lugares para morar e finalmente achamos uma casa lindinha, do jeito que estavamos procurando, até mais... compramos louças e talheres para a casa que nao tinha e nos mudamos no sabado,  19 de fevereiro. Segunda feira foi meu primeiro dia de trabalho, tudo ocorreu super bem, o escritório é so o arquiteto e um outro garoto, o Nick, que tem curso técnico tbm, fiquei fazendo correção de alguns projetos que a menina tinha deixado em aberto e padronizando os layers de impressão que até então ninguem no escritório sabia como fazer.. meu chefe gostou de mim e ate aumento meu salário... cheguei em casa feliz da vida e o gato tinha até feito bolo para comemorar que enfim nossa vida aqui estava tomando um rumo, só faltava o gato encontrar um trabalho na área dele mas com o meu salario já iamos ter uma vida razoavel e ia dar mais calma para o gato procurar algo na area dele ou em outra área... Na terça feira pela manhã o dia amanheceu horrivel, nuvens pretas pairavam no ar, como se anunciassem o que estava por vir, chovia e eu fui para o trabalho de onibus e galochas... Antes de sair falei para o gato ficar em casa, pelo menos até o tempo melhorar, prq ia levar o unico guarda chuva que tinhamos e nao era bom ele se molhar, ele me respondeu que ia esperar um pouco e ia sair distrubuir uns curriculos pelas redondezas e ia té a city usar a internet da biblioteca, coisa que faziamos todo dia, pois a internet lá é free.  Chegando no escritório comecei a fazer um projeto de iluminação/ aquecimento/ eletrica e tudo corria bem, meu chefe avisou que ia do outro lado da rua postar uma carta e que voltaria em 5 min para a gente debater a modificação de uma residencia, nesse meio termo meu estomago roncou, olhei no relógio do pc e eram 12:45, aí ouvi o Nick levantar da sala dele ir ir na cozinha do escritorio almoçar, ele passou na minha sala e me ofereceu uma xicara de chá, eu aceitei e voltei ao projeto que tava desenvolvendo, quando senti que a mesa começou a tremer, como ela tremia quando passava um caminhão na rua eu nao liguei, senti que o tremor aumenta, logo imaginei que era um aftershock, que são pequenos tremores decorrentes de um terremoto maior (que teve aqui em 4 de setembro), ja tinhamos pego alguns aftershocks quando estavamos aqui em novembro mas esse nao teve barulho previo e nao parava de aumentar, meu monitor começou a balançar até q eu puxei ele pra baixo e levantei, tudo tremia, passei pela sala de impressão, pela sala do nick e encontrei ele parado no meio da cozinha olhando para o aquecedor de agua, falamos que tinhamos que sair do predio e nisso entrou meu chefe correndo e nos mandando continuar saindo do escritório, nisso o tremor ja estava no fim, nosso chefe nos liberou para irmos nas nossas salas pegar nossos pertences pessoais e sair do escritorio, fizemos isso.. quando saimos para a rua só viamos um pó, o escritório é 3 quadras da city, que é a área central de Chch, e ali só viamos pó subindo pelos áres e pessoas correndo na rua, as sirenes ja eram ensudercedoras, ficamos ali no estacionamento longe dos postes e das árvores a espera do que fazer, todo mundo nos celulares tentando saber dos amigos e familiares como estavam,e  eu, que claro que tinha esquecido a camera e o cel em casa, tava super preocupada com o gato, peguei o cel do meu chefe mas nao conseguia completar a ligação, todas as linhas estavam congestionadas, ai mandei uma msg, como o cel dele é daqui mandei a msg em ingles e tbm nao assinei, fiquei torcendo pro gato adivinhar que era eu... ficamos ali por mais de uma hora e meia, a cidade ja estava um caos, o transito nao andava, nao tinha luz, telefone, agua, nada... meu chefe nao tinha noticias dos filhos dele que estavam na city, até que não aguentou pegou a bicicleta, um capacete de obra, um colete flurescente e foi atras do filhos dele e mandou o Nick me acompanhar caso eu decidisse ir pra casa, bom até ai nao tinha noticias do Fabio ainda, so rezava pra ele nao estar na biblioteca publica do centro, torcia pra que ele tivesse em casa almoçando... quanto achei que ja tava seguro andar na rua, os tremores secundarios ja tinha cessado vim pra casa, o nick me acompanhou e viemos vendo os estragos, as ruas estavam cheias de pó de liquefação (sei la o que é isso em portugues) é uma poeira que brota do chao, junto com agua, um pó cinza bem fino, algumas areas estavam alagadas, e minha galocha se mostrou super util, tentei mandar outra msg para o Fabio, desta vez em portugues mas nada de respostas... O Nick me acalmava falando que mandou msg para a irmã dele logo que aconteceu o tremor principal e so tinha recebido a resposta na hora que estavamos caminhando mais de 2 horas depois... Quando estavamos quase em casa enfim recebi a msg do gato dizendo que estava bem, fiquei mega feliz, vim pra casa quase saltitando, sem ligar para o que acontecia na rua, egoismo sim mas... Chegando em casa vi o gato de longe mas antes que pudesse ir dar um abraço e um beijo nele fui parada pela vizinha espalhafatosa que conhecemos numa garage sale no sabado, ela me perguntou como estava a city e tudo mais e nos convidou para voltarmos na casa dela mais tarde, para usarmos a churrasqueira dela (que é a gas) para esquentar agua e fazermos um chá para conversarmos, ela nao queria que ficassemos sozinhos...  Chegando em casa o gato me contou que estava na rua, ele havia se enrolado pela manha ja que estava chovendo e resolveu fica em casa pra almocar antes de ir para a city, usar a internet. Assim o fez, almoçou , colocou o note nas costas, uns curriculos na mochila e saiu de skate para ir mais rapido, a umas quadras de casa ele so sentiu o chao tremer o e skate voou pra rua e ele caiu no chão, nisso viu uma rachadura no chão se abrir, ele falou que tomou um puta susto, levantou e logo veio o segundo chacoalhão, que o derrubou em cima de um carro estacionando, nisso saiu a dona de uma mercearia e tbm caiu por cima do carro... Ele veio pra casa e logo decidiu ir atras de mim, quanto estava indo um policial o proibiu de seguir em direção a city, nisso ele voltou pra casa e os vizinhos oferecaram os telefones pra ele ligar no escritório, mas ele ja havia tentando mas as linhas estava ja falhas e nao conseguia completar a ligação...



Ficamos sem luz até o inicio da noite, a noite foi turbulenta, com muitos aftershocks e medo, a ponto de dormirmos com a porta aberta caso precisassemos avacuar a casa... mas tudo ocorreu bem aquela noite, mas mesmo assim so conseguimos pegar no sono as 7 da manhão... a luz do dia da a falsa sensação de mais segurança... no dia seguinte seguimos as instruções das autoridades e ficamos em casa, todo o comercio da cidade esta fechado até segunda feira para evitar tumuntos na rua, fomos buscar agua que estava sendo distrubuida e ficamos papeando com a vizinhança, todo mundo na cidade quer saber como vc esta, te param na rua pra perguntar se ta tudo bem, te oferecem uma xicara de chá, uma cerveja, ajuda com algo que precise, a cidade esta danificada claro, mas todo o estrago que se ve na tv é na área central o principal problema dos bairros é a canalizacao de agua/esgoto que esta danificada, agora que estou aqui escrevendo isso os vizinhos vieram avisar que ja chegou a agua, estamos planejando sair daqui mas no momento nao tem como, os voos estao todos lotados com as pessoas que estavam nos hoteis/backpacker que foram destruidos,  principalmente de um hotel que é o edificil mais alto da cidade que periga desabar a qualquer momento, eles tem preferencia porque estao sem nenhum pertence, documento, roupa,  estão sem nada, ja que tiveram que evacuar correndo e não puderam voltar para pegar nada, entao até domingo a noite não tem lugar nos voo saindo daqui e ir de carro não é a melhor solução, as estradas sao simples e sinuosas, cercadas de morros que podem ter pedras rolando com qualquer outro aftershock, entao vamos esperar ja que estamos em uma casa super segura, geminada de material, que nao tem nenhum dano.
Foi uma experiencia assustadora, surreal, acho que pelo fato de nao termos esse tipo de desastre no Brasil nunca imaginamos que aconteça perto da gente, quando caminhamos no bairro perto de casa vemos uma outra janela quebrada, e um outro predio (geralmente igreja antigas) com rachaduras mas nao parece ter sido tão grande a catastrofe, mas quando ligamos a tv ou quando olhamos para a city que da para ver o edificil do hotel com o topo inclinado é que a gente da conta que foi tudo real. Estamos bem, com histórias pra contar e procurando sair dessa gelatina o mais rapido possivel... provavelmente vamos para Auckland ficar na casa de um casal brasileiro muito gente boa que ainda nao contei deles aqui, quando botar o papo em dia vcs vão saber quem são, eles nos ligaram ontem pra saber como estavamos, falaram que para conseguir nosso tel fizeram uma peripecia ligando para muita gente na madrugada até que conseguiram... ficamos muito felizesm com a ligação deles, sempre bom ter gente conhecida por perto... vamos ficar lá por uma semana até decidirmos o que fazer da vida...
Bom agora vamos lá na frente da biblioteca publica (não a da city, uma outra aqui perto de casa que descobrimos que tem o wifi funcionando, ficamos ali na frente uns 15min antes e várias pessoas vieram nos pergunta se a internet estava funcionando, acho que agora quando voltarmos lá vai estar com o gramado lotado, porque todo mundo ta tentando conecta a internet que esta fora do ar em vários lugares da cidade...

Então galera vou parar de escrever prq ja fiz um livro... (só para variar) depois vou contando mais histórias pra voces e vou explica a cidade pra voces pra voces entenderem o porque no terremoto anterior nao teve nenhum ferido e nesse foi essa tragédia toda...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Christchurch para Auckland

Enfim hora de partir... nem tenho o que dizer sobre passar férias no Br.. eu acho que o Brasil é perfeito bem para isso.. para passar férias... Foi ótimo ver todo mundo, matar a saudades, pegar um calor daqueles de 30 e poucos graus as 8 da manhã, tudo delícia d+! Mas era hora de voltar para nossos objetivos... e para resumir a ida (ou a vinda heheehe) aí vai um videozinho...




No caminho vínhamos com planos de mudar de cidade, Christchurch é uma cidade super legal, pequena na medida certa, mas já tínhamos ido em todos escritórios de arquitetura e clinicas veterinárias existentes, então achamos que era hora de mudar, e resolvemos vir pra Auckland, contrariando nossa própria teoria sobre cidades grandes, bom não custava tentar né...
Como chegar em Chch era a duvida, ficamos um dia no mesmo hotelzinho perto do aeroporto, transfer grátis, internet free e preço baixo era tudo que precisávamos...
Enfim depois de uma cochilada a tarde por causa do Jet Lag acordei assustada porque não tínhamos comprado as passagens pra ir pra Chch, liguei o PC rápido e para minha surpresa os preços da passagem estava menos de 1/3 do que havíamos visto pela manhã, NZ$79,00 cada, pela manhã estavam custando 239,00... Depois descobrimos que a Air NZ é assim, eles mudam o preço da passagem conforme querem, baixam preços por 10, 15 min e depois voltam a subir novamente... o negocio é ficar atento...
Enfim chegamos em Chch, fomos ate a locadora de carro pra tentar pegar um carro daqueles para relocar (transfercar.co.nz – já falei desse site aqui no blog...). Depois de muita espera e de o Fabio falar que já tínhamos visto no site que tinha carro e queríamos aqueles “grátis” eles finalmente viram que não iam conseguir nos empurrar um carro de aluguel comum... Alugamos um  van bem legal (ainda pudemos escolher entre 4 modelos), maior do que aquela que usamos na AUS, mas não muito grande, afinal dirigir carros grandes nesses países que ventam de mais se mostrou um desafio mais tarde, ainda bem que pegamos uma media...


 Pausa nos textos para um videozinho... ;)

Bom fomos até a casa que morávamos e pegamos nossas coisas, a dona da casa não parou de reclamar do casal que tava morando lá, eita mulher estranha aquela, vou fazer um post contando dela mais tarde, essa amiga do Fabio, ohh mulher que precisava de um psicólogo urgente..  Bom van carregada e lá fomos nós, tínhamos horário para pegar o Ferry no dia seguinte (ahhhh sim o aluguel da van nos custou 5 dólares por dia, por 5 dias, + 75 dólares do ferry para mim, a cia pagou o ferry da van e do Fabio), normalmente teríamos gasto uns 1200 dólares para isso (alguel+ferry) então nossos 100 foram bem gastos, chegamos em Picton e dormimos em um lugar bem legal, que custou 32 dólares, siiiiiiiimmm eu precisava de um banho, lavar o cabelo, e tudo mais, então deixamos para dormir na rua as outras noites, uhulll aventura roots essa hahaahah me senti adolescente hipponga de volta hahahaha)... O único problema era que o trem passava na montanha literalmente em cima das nossas cabeças, cada vez que ele passava eu imaginava que ele ia descarrilar e cair em cima de nós hahahahahaaha Aaaahhhhhh como sou trágica...
Amanheceu sábado e fomos lá ver se conseguíamos adiantar o horário do ferry, yep, sem problemas... pegamos o ferry rumo a Wellington, na saída tinha um sol delicia, mas na chegada estava ventando e nublado, típico da capital do país. Fomos conhecer a tão famosa praia que o Fabio queria tanto ver que é famosa pelas ondas, do lado do aeroporto, flat Margaret, nada de ondas... somos muito azarados mesmo com ondas hahahaahhah conhecemos um pouco da cidade e seguimos viagem, o aeroporto de Wellington fica em um local muito estranho.. vocês vão ver o vídeo depois... não sei se teria coragem de voar pra lá.. ainda mais naqueles aviões com hélices da AirNz hahahaahahah
Resolvemos passar pelo parque nacional no meio da ilha norte, local onde eu fui esquiar no passado, sabíamos que não ir ter neve mas já que iríamos passar do lado resolvemos entrar... Em Marte, é assim que a gente se sente lá, muuuuuuuiiito estranho aquilo tudo sem neve, muita pedra e nada de vegetação, mas beeeeeeeemmmmmm legal mesmo assim... Dormimos na estrada com a cia das ovelhas, teoricamente não se pode dormir ali já que nossa van não tinha banheiro e no local também não, mas ninguém veio nos convidar para se retirar dali então ajeitamos tudo e pacotamos...
Domingo foi dia de desviar o caminho de volta, resolvemos fazer uns 70km a mais e passar por Taupo, outra cidade bem legal, como eu já conhecia sabia de algumas atrações free ($) da cidade e fui de guia turístico para o gato.. Fomo até o Bungy Jump e chegando lá resolvemos pular, estávamos para completar 8 anos de namoro 2 dias depois e resolvemos que ao invés de jantares e presentes íamos pular juntos (na verdade o juntos foi uma maneira de economizar nas fotos e filmagens hehehehehhe, nada de romantismo ai heheheheehhe. Muitos brasileiros na fila, na verdade 70% das pessoas na fila eram brasileiros, muita expectativa e espera e enfim chegou nossa vez, pedimos para encostar na água, já que o bungy de Taupo é em cima de um rio, preparação, 500checagens nos equipamentos de segurança e lá fomos nós para  a pontinha da plataforma, o Fabio tava todo corajoso mas na hora que a mulher falou que era só pular acho que ele pensou 2 vezes se tava fazendo a coisa certa, eu embora já tivesse pulado outra vez confesso que senti o mesmo frio na barriga que da primeira vez... Você só precisa de uma fração de coragem, e a saída é a pior parte, quando você percebe que não tem mais volta, mas ai logo que você começa a cair você começa a curtir, quando achamos que não íamos mais encostar na água que você já sentia o elástico esticar CHUAAAA água... no nariz, nos ouvidos, e lá vai você pra cima de volta... ai é só diversão, e o sangue fazendo pressão na cabeça... Again, Again, não é a toa que esse é o nome do segundo salto (quando você quer repetir e paga mais barato por isso) é muito delicioso, da vontade de passar o dia pulando.... o bungy de Taupo tem 47m de altura, em Queenstown tem um de 120 hein hein hein... pergunta se não estamos loucos pra ir... mas isso é plano pra Julho...

 Animados...
 A pior hora...
 Caindo...
Tibuuuummmmmm


Para ver o video todo em HQ, inclusive com minha aula de pessoas super experiente antes do salto hahahahahahahaah: http://www.youtube.com/watch?v=6nZtSSelIBY



... A adrenalina baixou e fomos visitar a fonte de água quente que tem ali  do lado, hoje em dia é um parque, muito turista indo lá e famílias fazendo picnic, é uma fonte de água muuuuuuito quente, quente que não da pra ficar lá, ela desemboca no rio do bungy, que é de um verde lindo e frio... fomos ver também as cascata deste rio – Huka Falls - o rio tem origem no lago Taupo e ainda não sei pra onde ele corre... vou averiguar isso... anyway, visto tudo voltamos para estrada e paramos em Hurley pra dormir, uma cidadezinha já perto do Auckland, as margens de um rio, do lado de um banheiro publico e com outra van parada lá também... Ahhh eu gosto tanto dessa idéias de banheiros públicos limpinhos, cheirosos e perfumados e com ph que ate fiz um vídeo hahahahahahha vou anexar assim que achar o cabo da maquina, junto com todas as outras fotos e vídeos...
Enfim chegando em Auckland na segunda feira viemos para o hotel de estudante, ao lado do que já tínhamos parado da outra vez, alugamos um quarto de um apto (são 3 quartos cada apto) e aqui estamos até encontrarmos um lugar definitivo para morar.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Lan Chile x Aerolineas Argentinas

Enfim chegou o dia de deixarmos o Br, da uma tristeza deixar toda a família e amigos lá de volta, e aquele calor delicioso com aquelas praias paradisíacas de SC e RJ  mas nós temos um objetivo e lá fomos nós... Dessa vez viemos de Aerolines Argentinas, apesar do meu medo, pois quando eu vim pra cá na adolescência com meu irmão viemos de Aerolineas também e foi uma experiência um pouco inesquecível vamos dizer assim hahahaahaha Fizemos uma rota diferente, Ctba - Paraguai - Argentina, esta parte foi de Gol, tudo tranqüilo, chegamos correndo em Buenos Aires para a conexão quando ficamos sabendo que o vôo na verdade era só 12 horas mais tarde, as 2 da matinha e não da tarde como eu tinha imaginado... o que fazer dentro de um aeroporto em 12 horas... bom pensamos em sair o aeroporto para dar uma volta em Buenos Aires, assim o Fabio conheceria a terra da mãe dele, mas tinha que pagar a taxa do aeroporto novamente se saíssemos cerca de 30 dólares americanos cada, fora isso o  problema maior era que não tem lugar para deixar as malas, teríamos que sair na rua com as malas de mão + minha bolsa + notebook + 2 travesseiros (sim porque a farofeira aqui resolveu trazer os travesseiros do Br), pensando bem era melhor ficar por la mesmo, um dos atendentes da Aerolíneas ate falou que conseguiríamos sair sem ter que pagar a taxa depois mais as malas nos desanimaram... ficamos lá passeando, olhando tudo que é duty free e cochilando, pelo menos lá tem poltronas bem delicias para se tirar um ronco hehehehehehehe, aproveitamos tbm para fazer a melhor coisa da terra dos hermanos.. comer alfajores... hummmmm delicia... Enfim chegou a hora do nosso embarque e lá fomos nós, o avião da Aerolineas não tem aqueles monitores individuais para você assistir filme, jogar vídeo game ou escutar musica, eles tem um monitor grande pra você assisti o filme que eles passam com fones de ouvido que também te deixam escolher entre meia dúzia de rádios, uma pior que a outra claro hahaahaha bom ter ficado no aeroporto entediados foi bom porque nos fez dormir a viagem quase toda, a comida foi beeeeeeem meia boca, melhor do que a da minha viagem da adolescência que ate hoje eu e meu irmão não sabemos o que era um pãozinho verde amarelo que serviram daquela vez e ate hoje é motivo de piada entre nós..
A viagem saindo da ARG dura 13 horas até Auckland, saindo do Chile pela Lan dura 10, não parece muita diferença mas podemos dizer que essas 3 horas são as mais sacais da viagem, porque você já não tem mais sono, porque você não tem o que vê, porque você já leu todas as revistas e livros que levou, porque você não tem mais posição para ficar na poltrona, enfim, se puderem escolher venham de Lan, em baixa temporada a diferença das passagens é mínima, uns 100 dólares, mas como viemos em alta a diferença era 500 doletas cada...
Afim a conclusão é essa, a Aerolineas melhorou muito desde a outra viagem que eu fiz mas mesmo assim ta muito longe de ser uma Lan, pela qualidade do serviço, da comida, da aeronave, e do entretenimento que te proporciona alem de a rota ser menos cansativa... então se o preço for parecido vem de Lan...  


Nesse video aqui tem um pouco, eu disse um pouco, dos aviões por dentro... Eu deveria ter feito uma comparação maior por fotos mas não pensei nisso na hora então "É o que tem pra hoje" e não reclamem hahahahhahhahaha:


E preparem-se para ficarem putos com o jeito que os hermanos descarregam as malas do avião... =/

Kia Ora

Novo país, novo blog.. ta ta ta estamos atrasados.. ja faz algum tempo que mudamos de país mas só agora deu tempo de fazer um novo... sim prq o termo "between the flags" é mto aussie.. embora eles usem aqui também... mas... aqui tem muito mais kiwi do que flags... sejam eles frutas, animais ou gente... logo logo vou por o papo em dia por aqui...
De qualquer jeito vou republicar todo o Betweentheflags aqui... vamos ver se esse blogger funciona como diz que funciona hehehhehe
Bjo galera e bom domingão a todos...